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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Irai - Sendo criada em caixa INPA ( 15 x 15 cm internamente )

[Figura-1] Enxame de Irai na caixa INPA
Atualmente tenho utilizado a caixa INPA 15 x 15 para criação de abelha da espécie Irai.

Como podemos observar na figura-1, elas se desenvolveram muito bem dentro dessa caixa, ocuparam todo o espaço vago com as lamelas ( cera macia ) e no centro construiram seu ninho.

A caixa foi montada com apenas 1 ninho, 1 sobreninho e 1 melgueira.

Essa espécie de abelha produz pouco mel, a cera é bastante ressecada.  Porém é uma abelha muito mansa e dócil, muito fácil lidar com elas.





[Figura-2] Discos de cria exposto
Na figura-2 podemos observar os discos de cria já expostos, ou seja, a cera foi removida para termos acesso à eles para dar início a uma divisão.

Esse modelo de caixa ficou legal pra elas, pois o espaço interno de 15 x 15 cm é o suficiente para o desenvolvimento dos discos de cria, e também temos a vantagem de que torna-se padrão, pois esse modelo de caixa também é usado para a criação de Mandaçaias.




[Figura-3] Entrada da caixa para Irai

Agora, atenção:
Como estamos utilizando uma caixa que foi projetada para criação de Mandçaias, temos que fazer uma pequena modificação antes de colocar a Irai lá dentro. As Mandaçaias gostam de entradas apertadas, cuja entrada permita somente a passagem de uma única abelha por vez, isso é uma característica dessa espécie de abelha ( Mandaçaia ), pois facilita o trabalho da abelha "guarda" que fica de vigia protegendo a entrada.

Bom, as Irais tem uma característica um pouco diferente, ou seja, elas gostam de ficar aos montes em volta da entrada, montando vigia contra possíveis inimigos.  Sendo assim temos que modificar a entrada da caixa, aumentando a área de 0,8 cm ( 8 mm ) para 2 cm ( 20 mm ).
Se vocês observarem o voo das Irais, notarão que elas vem voando e quando chegam perto da caixa, simplesmente "caem" para dentro dela
[Figura-4] Entrada sendo reduzida para proteção

Portando se a entrada for muito estreita ( 0,8 cm ) simplesmente ocorrerá "trombada" com a tábua e isso vai acarretando desgastes e estresse pra elas.

Já com uma abertura de 20 mm isso (trombada) não acontece e elas entram e saem livremente sem problemas.

A figura-3 mostra as guardas vigiando a entrada, na verdade estamos vendo apenas uma, pois quando me aproximei da entrada, elas correram para dentro, e ficou somente essa me espionando, essa é uma das características da Irai:  são muito tímidas.

A figura-4 ilustra o momento em que elas reduziram e entrada.  Isso acontece quando elas estão sentindo a presença de inimigos por perto, ou por motivo de frio.  Agora, quando o calor está intesno, elas abrem totalmente a entrada ( veja na figura-3 ).

Essa flexibilidade de "alargar" ou "estreitar" a entrada somente é possível se oferecermos essa condição pra elas:  deixar a entrada com abertura de 20 mm, e elas moldarão a abertura conforme suas necessidades.

Grande abraço e muito sucesso pra vocês.




quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Divisão de Mandaçaia: Discos maduros na parte superior do ninho

[Figura-1] Discos grudados na tampa da caixa
Como já tinha relatado na postagem do dia 24/11/2014, lá eu comentei que ao abrir a tampa de qualquer caixa de ASF (Abelhas Sem Ferrão), podemos encontrar as seguintes situações:
1) discos maduros ( crias nascentes ) estarem na
     parte superior do ninho;  
2) discos verdes ( crias novas ) estarem na parte
    superior do ninho.

Para ver a postagem desse tópico clique aqui.

Bom, todos sabemos que se os discos maduros estiverem na parte superior do ninho, a divisão será tranquila e sem transtornos.

[Figura-2] Discos maduros ( crias nascentes )
Ou seja, basta abrir a tampa e retirar os discos maduros que estão logo em cima e montar uma caixa filha.

Vejam na figura-1, quando abri a tampa da caixa, os discos maduros estavam praticamente "grudados" na tampa, então foi uma divisão tranquila, rápida e segura.

Imaginem se os discos maduros estivessem na parte inferior do ninho e mesmo assim  eu quisesse fazer a divisão, só me restaria uma única alternativa:
retirar todo o ninho pra fora da caixa e pegar os discos maduros e depois devolver o ninho de volta pra caixa.

Perceberam o transtorno que isso acarreta para as abelhas e os riscos que estamos correndo, pois leva mais tempo, podemos acidentalmente estourar algum pote de pólen ou mel dando chance dos forídeos atacarem.

Vejam na figura-2, como os discos maduros ( cor clara ) estavam na parte superior do ninho, bastou apenas desgrudar o invólucro ( invólucro é a cera macia que envolve os discos )  e retirar os discos, com a maior facilidade.
[Figura-3] Discos maduros

Viu como fica fácil fazer uma divisão quando encontramos os discos maduros na parte superior do ninho !!!

Portanto se ao abrir a caixa e deparar com crias novas na parte superior, então espere alguns dias e abra a caixa novamente, que você vai encontrar esses mesmos discos mas na forma de maduros, basta dar tempo ao tempo.

Agora, se a pressa e outros fatores ( tempo bom, etc ) estiverem falando mais alto, então não tem outra saída,  terá que correr o risco de fazer uma divisão rasgando todo o ninho a procura de discos maduros e depois arcar com as consequências.

Grande abraço e muito sucesso pra você.



sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Boas Festas e Feliz Ano Novo

Esses são os votos da equipe do Meliponário Pivoto

domingo, 24 de novembro de 2013

Mandaçaia: Diferença entre discos maduros ( nascentes, cor clara ) e discos verde ( novos, cor escura )

[Figura-1] Discos Mandaçaia ( crias novas )
Todos sabemos que as abelhas constroem os discos de cria um em cima do outro com um pequeno intervalo entre eles, e o crescimento é sempre para cima ( vertical ).

Conforme os discos de cria vão sendo construidos mais a cima, os que estão logo em baixo começam a entrar no processo de amadurecimento, ou seja, começa a nascer abelhas, e os casulos são desmanchados e logo abaixo vai começar nova postura.

Isso é um ciclo que se repete sempre.

Bom, então se é um ciclo constante, ao abrirmos a tampa de um ninho podemos encontrar discos de cria maduros ( cor mais clara ) ou discos novos ( cor escura, recobertos por cera ).

Vejam na figura-1, quando abri a tampa da caixa, deparei com discos novos, eles estão recobertos por uma cera mais escura, é o processo normal, inclusive podemos observar que ainda existe postura nesse disco, como ele já está encostado na tampa, as operárias vão parar de construir as células de cria e vão descer par começar um novo ciclo.

[Figura-2] Mandaçaia, discos maduros ( cor clara )
Agora, observem a figura-2, nela podemos ver que os discos  estão praticamente grudados na tampa, estão maduros ( cor clara ), são crias que  prontas para nascer (crias nascentes).

Concordam que é muito mais fácil, seguro e rápido fazer uma divisão em uma caixa como o da figura-2 !!!
É só retirar os discos maduros que já estão em cima e montar uma caixa nova, ou seja, muito fácil retirar esses discos, não corremos o risco de estourar potes de mel ou pólen.

Agora, fazer uma divisão em uma caixa como o da figura-1 é bem mais complicado e arriscado, pois os discos de cria maduros ( cor clara ) estão na parte de baixo, e, para retirá-los precisamos descobrir ( retirar os invólucros e cera ) o ninho inteiro para podermos ter acesso aos discos maduros.  Isso é bastante arriscado, pois podemos estourar potes de mel ou pólen, e se isso acontecer, o enxame poderá ser atacado pelos forídeos.

[Figura-3] Discos maduros ( cor clara )

Conclusão:
Se você for fazer uma divisão e ao abrir a caixa e se deparar com os discos maduros em cima, como os da figura-3, figura-2, parabéns, será uma divisão rápida, segura e tranquila.

Se você encontrar discos verdes, crias novas ( cor escura ) como os da figura-1, aconselho a esperar até que eles amadureçam e aí sim fazer a divisão.




Funciona assim:
Se os discos estiverem verdes, feche a caixa e anote a data da abertura da caixa, e espere mais ou menos uns 10 dias e depois abra a caixa novamente, pra ver se os discos já estão maduros e prontos para a divisão.


Grande abraço e muito sucesso pra vocês.

domingo, 17 de novembro de 2013

Natureza - Nossas amigas, as ÁRVORES

[Figura-1] Árvores plantadas de forma planejada
Estamos sempre rodeados delas e muitas vezes nem notamos a sua existência: A ÁRVORE.

Isso mesmo, o corre corre durante o dia, as obrigações que temos que cumprir, atender as metas pre-estabelecidas, tudo isso nos obriga a focar no rendimento de nosso trabalho e não sobra tempo para apreciarmos a beleza de uma ÁRVORE !!!

Elas estão dentro dos condomínios, nas calçadas das ruas, nos espaços públicos, basta parar e olhar a sua volta, lá vai estar uma delas bailando ao sabor dos ventos, para refrescar o seu calor, aproxime-se dela e dê um abraço, pegue uma folhinha e sinta o aroma que ela tem, tudo isso é de graça e só nos faz bem.

[Figura-2] Rodovia dentro da Reserva Indígena no Amapá
Elas podem estar plantadas de forma planejada ( figura-1 ) ou simplesmente fazer parte de uma floresta muito densa, como por exemplo a plantação nativa de uma reserva, no caso da Reserva Indígena dentro do Estado do Amapá, que pode ser visto na figura-2









[Figura-3] Reserva Indígena no Estado do Amapá
Quando estive viajando no Estado do Amapá, sentido à cidade de Oiapoque -  AP, não pude deixar de registrar essa beleza, a natureza em pessoa, são tantas as árvores, que o ar chega a ser mais saudável, limpo e isento de poluição, é um pouco assustador, pois é uma área totalmente isolada, tanto que essa estradinha de terra que vocês estão vendo, na verdade é uma rodovia, que um dia vai ser asfaltada.

Mesmo sendo assustador, elas estão lá, de tamanhos variados, pequenas, grandes, cada uma mais bonita que a outra. É um espetáculo para encher os olhos de quem passa por lá.


[Figura-4] Árvores na margem do rio

Vejam que refrescante, a combinação de árvores e água, é a natureza nos presenteando sua beleza, basta olhar e apreciar e até mesmo aproveitar ( tomar um banho de rio ).










[Figura-5] População local ( índios ) se banhando
No momento da viagem, consegui registrar o momento em que os Índios estavam se banhando nas margens do rio, isso é comum naquela região, eles aproveitam o que a natureza lhes oferece e cuidam para  que não acabe.









[Figura-6] Caju ( muito gostoso )

E a combinação árvore + frutos, árvore frutífera, veja a foto na figura-6, um delicioso caju colhido na hora, muito suculento.  Antes de colher esse caju, fiquei namorando ele por um bom tempo, vendo sua beleza e sua mãe, a árvore ( cajuzeiro ), depois comi ele.....

Abçs


domingo, 10 de novembro de 2013

Mandaguari: vídeo mostrando aglomeração de zangões na corrida para copulação da princesa

O vídeo ao lado mostra o processo se iniciando, processo esse que é a corrida dos zangões se preparando na disputa para copular a princesa, que depois disso vai se tornar rainha desse enxame.

Esse enxame foi dividido e agora está passando por esse processo.

Esse fenômeno vai ocorrer durante uns quatro dias, depois o enxame volta a sua atividade normal.

Mandaguari: zangões se preparando para a copulação da princesa

[Figura-1] Zangões de Mandaguari se agrupando
No período da Primavera muitas coisas bonitas e interessantes acontecem e uma delas é o enxameamento das abelhas, não importa qual espécie seja.

Isso é um processo natural da natureza, e nós somente temos a ganhar com isso:
apreciar a beleza dessa ocorrência e a natureza, no quesito da preservação e multiplicação da espécie.

Na foto ao lado ( figura-1 ) podemos ver o momento em que milhares de zangões estão se agrupando na disputa de copulação da nova princesa que já nasceu e está pronta para tomar seu lugar de rainha dentro da colmeia.

[Figura-2] Aglomerado de zangões
Esse fenômeno torna-se bonito de ver, sem contar do barulho produzido pelas abelhas.

Essa caixa é uma divisão que fiz e obviamente a célula que continha a realeira, nasceu a princesa e o próximo passo é passar pela copulação para se tornar produtiva e assumir a posição de rainha dentro da colmeia.







[Figura-3] Abelhas zangões
Portanto usamos esse período que é a Primavera para fazer as divisões dos enxames, pois é nessa estação do ano que os enxames produzem mais zangões, e sem eles, uma divisão não terá sucesso.

domingo, 3 de novembro de 2013

Improvisando: calor insuportavel em Campinas

[figura-1] Enxame de Mandaguari
É isso mesmo ...  improvisando..

O calor está na casa dos 35º aqui em Campinas e como esse enxame de Mandaguari está em fase de divisão, ainda não foi para seu cantinho oficial, está em um local temporário, precisa de proteção contra o calor.

Porém como o calor está insuportável, tive que improvisar alguma coisa para amenizar, e como meu quintal tem bastante folhagens, porque não usar desse recurso...  foi o que fiz.






[Figura-2] Cobertura improvisada
Parece mais uma maloca de índio, mas pode ter certeza de que as abelhas gostaram da ideia, pelo menos vai fazer menos calor dentro da caixa.

Poderia ter feito a cobertura usando outros artifícios, mas eu queria que fosse o mais original possível ...  e deu nisso aí que vocês estão vendo.

Já imaginou, se a folhagem seca ao ponto de pegar fogo.... e pronto...  minha Mandaguari vai virar fumaça.

Abçs.

Manjericão: é sempre bem vindo

[Figura-1] Enxame de Jatai e Mandaçaia
O manjericão é uma planta aromática muito visitada pelas Mirins, Jatais e Irais. Por isso tenho sempre alguns pés plantados em meu quintal para servir tanto as abelhas quanto ao consumo próprio ( preparação de alimentos ).

O fato das plantas estarem próximo às caixas das abelhas, isso facilita bastante a coleta de pólen, pois o desgaste de tempo com o  voo ( ida e volta ) é bem menor.





[Figura-2] Enxames no meio das plantas
Esse tipo de manjericão que está na foto é uma das espécies mais baixas, existe um outro tipo que a planta é bem maior, conhecido por manjericão roxo. 

É um espetáculo quando as abelhas estão colhendo o pólen, são várias e de diversas espécies, cada uma fazendo a sua parte sem interferir nas outras.

domingo, 27 de outubro de 2013

Preparando a caixa INPA para uma divisão

[Figura-1] Melgueira com potes vazios
Por que não dar uma ajuda no processo inicial de uma divisão de ASF !!!

É isso mesmo:
precisamos dar uma atenção no início e durante uma divisão, até que o enxame esteja estabelecido e com rainha produzindo.

Toda vez em que realizamos uma divisão ( no caso da Mandaçaia ), colocamos um disco de cria maduro em uma caixa nova e fornecemos campeiras de uma outra caixa e em seguida vamos fornecendo alimento artificial ( metade água e outra metada açucar cristal ).

[Figura-2] Módulos extensores com os potes
Todos sabemos que quando as campeiras estão retornando para as caixas, elas estão trazendo ou pólen, ou outro material necessário para o crescimento da colonia.

Pois bem, ao retornarem para as caixas, as campeiras procuram por potes vazios para colocar o material que elas coletaram na natureza ( pólen, nectar, ceivas ), e não encontrando, elas simplesmente descartam esse material e eles caem no fundo da caixa, e se for pólen, estes acabam fermentando e o cheiro azedo vai atrair os forideos e aí as coisas começam a se complicar.

[figura-3] Módulos extensores com potes
Para amenizar e ajudar as abelhas nesse processo inicial ( divisão ), é sempre bom fornecer ceras para que elas possam construir potes para coletar mel e polem.

Se fornecermos essa cera já no formato de potes, vai ajudar muito mais, e de forma mais rápida. 

Vejam nas figuras-1,2  e 3, tanto a melgueira quanto os módulos extensores, foram montados com os potes vazios, potes estes que as abelhas vão utilizar para armazenar o pólen ou mel.


[Figura-4] Ninho com alguns potes vazios
Na parte do ninho, usa-se colocar alguns potes vazios também.  Se as abelhas não o utilizarem para armazenar pólen, elas desmancham e usam para construir células de cria.

Enfim, a cera é sempre bem vinda no mundo das abelhas, pode ter certeza de que se você colocar um pedaço de cera dentro da caixa, rapidamente ele será consumido por elas.

Portanto, vamos ajuda-las, pois na hora de tirar o mel delas ninguém pergunta se podemos tirar ou não, simplesmente tiramos ( roubamos o mel delas ).  Muito justo essa ajuda, um ajudando o outro  ==>  Homem e Abelha.


Grande abraço e muito sucesso pra vocês.



sábado, 19 de outubro de 2013

Simplesmente algumas fotos de enxames


[Figura-1] Entrada da Mandaçaia com proteção
Na foto da figura-1 podemos observar que a caixa de Mandaçaia está com a entrada protegida por um adaptador, isso ajuda muito no combate dos forideos, que é o terror da Meliponicultura.

Geralmente usamos esse artifício para ajudar durante o desenvolvimento do enxame, depois de estabelecido e forte, pode-se retirar essa proteção.




[Figura-2] Enxame de Jatai
Na figura-2 temos um enxame de Jatai dentro de uma caixa INPA. É um enxame novo, por isso a caixa está com a fita crepe vedando as junções dos módulos, isso é feito para dar maior proteção para o enxame durante o processo de adaptação / fortalecimento.  Depois que o enxame estiver forte, essa proteção não será mais necessária.

E para proteger do sol e chuva, usamos um telhado feito de madeira.




[Figura-3] Jatai em caixa INPA
Na figura-3 temos outro enxame de Jatai alojado dentro de caixa INPA, a qual também está protegida com fita crepe e com o telhado.  Esse é um enxame novo.


Lembrando que todo enxame novo precisa de alguns cuidados a mais que os enxames velhos:
alimentação, inspeção, fornecimento de cera, verificar se não tem forideo, etc.





[Figura-4] Boca de Sapo ( enxame novo )
Vejam que interessante:
a espécie de ASF Boca de Sapo ( figura-4 ), o enxame já demonstra sua caracteristica desde novo, a famosa entrada.

Muitos confundem enxame de Arapuá com essa espécie, por falta de conhecimento e prática.  Basta observar a entrada que não tem erro de identificação.






[Figura-5] Boca de Sapo ( Matriz )
Na figura-5 podemos apreciar a entrada de uma Boca de Sapo já adulta ( enxame matriz ), a bocona é enorme.

Essa entrada é feita de um material que se for molhado, pode ocorrer a destruição, mas a reconstrução é bem rápida.  A caixa da foto está protegida com telhado, evitando dessa forma que a entrada seja molhada pela chuva.





[Figura-6] Enxame de Mandaçia
Na figura-6 temos um enxame de Mandaçaia dentro de caixa INPA, e como sempre, também contendo as devidas proteções, pois é um enxame novo ( recém divididos ).











[Figura-7] Mandaguari
A figura-7 contempla a entrada de uma Mandaguari alojda em um toco de árvore.
Esse tocão é meu favorito.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

JATAI - Multiplicação de enxames

[Figura-1] Discos de cria de Jatai
A impressão que temos é a de que os discos são enormes, muito grandes, olhando a foto da figura-1.  Vendo pela ótica das abelhas, realmente são grandes, mas para nós que somos grandões, se aparenta pequeno, simplesmente relação de grandeza.

Mas, vejam só que espetáculo [figura-1], essa divisão, tive que retirar todo o invólucro para ter acesso aos discos de cria maduros que estavam por baixo, se estivessem por cima, seria muito mais fácil e menos traumático para elas.  E durante um processo de multiplicação, não temos como fugir disso, ou seja, expor os discos de cria torna-se uma condição inevitável.
[Figura-2] Outra dimensão dos discos de cria.

Esse enxame está alojado em uma caixa PNN com a disposição para o ninho em um dos lados da caixa. Atualmente esse modelo de caixa ( PNN ) é encontrado com o ninho central, mas ambos os modelos são práticos.  Costumo dizer que cada Meliponicultor cria sua própria identidade, escolhendo a caixa que ele mais gosta de trabalhar / manusear.  Eu uso os modelos que melhor se adaptam as condições de nidificação das ASF ( Abelhas Sem Ferrão ).

Sempre é bom lembrar:
Uma boa divisão é aquela em que você retira discos de cria  de uma caixa e pega campeiras de outra, isso minimiza muito o desgastes das abelhas.  Por isso é sempre bom ter mais de um enxame da mesma espécie.  E o alimento ( pólen ) é retirado de uma terceira caixa, se não tiver a terceira caixa, pode ser retirado daquela que foi pego as campeiras.

[Figura-3] Divisão já instalada e devidamente protegida.
Pronto, a divisão já está feita e a caixa já pode ser instalada no lugar da caixa onde foi pego as campeiras.  Tudo isso é muito fácil, porém, os cuidados durante o manuseio é o fator primordial para o sucesso da divisão. Lembrando que os forideos estão por toda parte e eles são oportunistas.

Agora só resta fornecer alimento energético para elas ( água + açucar ), até que o enxame se fortaleça.

domingo, 22 de setembro de 2013

Meliponario interagindo com a natureza


[Figura-1] Meliponario em meio ao ambiente
Quando construimos um Meliponario, procuramos coloca-lo inserido em um ambiente muito próximo com que as abelhas costumam viver, ou seja, plantas, árvores, flores.

De certa forma isso ajuda muito tanto no aspecto de sol / sombra, ventilação para as abelhas, e, o Meliponario estando nesse meio, as abelhas só tem a agradecer.

Porém precisamos olhar o aspecto dos inimigos naturais ( formigas, forídeos, lagartixas, aranhas ), e nesse ponto temos que estar atentos, pois as folhas das plantas estão em contato com as caixas, telhados.  A equalização desses dois aspectos, Meliponicultura inserida no Meio Ambiente e cuidados com os inimigos naturais é administrado no seu dia a dia.


[Figura-2] Caixas equipando o Meliponario
 Enfim, vamos adequando o conceito de criar / cuidar das abelhas de uma forma prazerosa e ao mesmo tempo sem provocar estresse para elas ( abelhas ).

Nesse tipo de construção de Meliponario, evitar de colocar abelhas um pouco bravas ( Boca de Sapo, Mandaguari ), pois quando vamos inspecionar ou alimentar outras espécies, essas citadas acima acabam perturbando um pouco. Estas devem ficar em local mais tranquilo para elas.



Pessoal, grande abraço e muito sucesso pra vocês.


sábado, 31 de agosto de 2013

Transferência de Irai da caixa de Uruçu para caixa INPA ( 15x15 )

[Figura-1] Enxame de Irai alojado em caixa de Uruçu
É impressionante como as abelhas se adaptam com facilidade no processo de nidificação.

Vejam na figura-1 um enxame de Irai alojada dentro de uma caixa de Uruçu ( dimensões internas de 20x20x21 ), bastante grande para elas, mas mesmo assim elas deram um jeito e nidificaram lá dentro.

Em 16/03/2013 postei essa mesma Irai no processo inicial de nidificação. Para ver a postagem basta clicar aqui.

Elas ocuparam apenas o espaço que necessitam e isolando o restante com uma grossa camada 
[Figura-2] Discos de cria da Irai
de geopropolis.  Esse metodo funciona, porém toma bastante tempo delas, pois o tempo gasto construindo a couraça ( grossa camada de geopropolis ), elas poderiam estar construindo mais discos de cria e desenvolvendo o ninho ( fortalecendo ) de uma forma mais rápida. Enfim, temos que respeitar a natureza, elas gostaram assim, tá bão também.

Contudo, diante de um processo de adequação de caixas racionais, tive que transferi-la para uma caixa mais conveniente, dando à elas melhores condições de desenvolvimento. A caixa nova tem as dimensões de 15x15x20, caixa INPA sem melgueira. Essa espécie de ASF se desenvolve melhor sem as melgueiras.

Dentro do espaço não utilizado por elas, foi encontrado teias de aranhas, isso é comum nesse cenário, por isso elas constroem a grossa camada de geopropolis, para se proteger.

Foi um dia bastante proveitoso, sol quente, sem vento, temperatura ideal,  muito prazerosa essa atividade,  só mesmo quem lida com elas entende o que estou escrevendo aqui, e quem ainda não experimentou, tá na hora de ingressar e se  aventurar, descobrindo  que as ASF tem muito a nos ensinar.

Grande abraço e muito sucesso pra vocês.



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

TOXICIDADE DO BARBATIMÃO PARA AS ABELHAS


[Figura-1] Flor do Barbatimão
Existem várias espécies de plantas que são popularmente denominadas de barbatimão, entre as quais se encontra Dimorphandra mollis e algumas espécies do gênero Stryphnodendron. A espécie D. mollis tem o nome popular de falso barbatimão. É uma planta característica de cerrado e de ocorrência freqüente no interior dos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais. Nessas regiões, por ocasião do florescimento dessas espécies tem sido observada uma grande mortalidade de abelhas em apiários, sugerindo que o pólen seja responsável pelo efeito tóxico. Esse fenômeno é conhecido pelos apicultores como "mal de outono". O presente trabalho foi realizado no Centro de Estudos de Insetos Sociais da Unesp – Rio Claro, no período de agosto de 1999 até julho de 2001. Teve por objetivo avaliar o efeito tóxico de extratos, obtidos a partir de diferentes partes da planta (flores, pedúnculo, folha e caule primário e tardio) sobre operárias de Apis mellifera. Para isso, os extratos foram incorporados em dieta alimentar e oferecidos às abelhas confinadas em pequenas caixas em laboratório. Os extratos metanólicos das flores, pedúnculos florais e caule apresentaram efeitos tóxicos sobre operárias. A partir do extrato das flores (contendo antera com grãos de pólen) e dos pedúnculos florais foi possível isolar e identificar uma substância química conhecida como astilbina, que é um flavonóide. Após o isolamento, a substância pura foi avaliada em operárias confirmando os efeitos tóxicos. Nos extratos dos caules primário e tardio além da astilbina foram encontrados também taninos. Em uma análise comparativa, foi possível verificar quimicamente que o macerado de anteras com grãos de pólen contém astilbina como um dos seus compostos principais.

[Figura-2] Flor do Barbatimão

A relação entre insetos e plantas existia antes do surgimento de plantas com flores (angiospermas), que eram utilizadas pelos insetos como fonte alimentar (ZWÖFLER, 1982). Embora sejam bem conhecidos os efeitos de alguns inseticidas vegetais como a nicotina, rotenonas e piretrinas, pouco se sabe sobre outras toxinas de origem vegetal que interferem na vida dos insetos (BUENO et al., 1990).
 
    Estudos realizados na Índia (Darang) mostraram que colônias de abelhas Apis mellifera apresentavam mortalidade da cria em outubro, quando os arbustos de chá (Camellia tea) estavam florescendo. As larvas tornavam-se amarelas e morriam, emitindo um odor desagradável. Larvas alimentadas em laboratório com o néctar das flores do chá demonstraram os mesmos sintomas. No entanto, larvas alimentadas com o néctar diluído desenvolveram–se normalmente (SHARMA, RAJ e GARG, 1986).
 
    LORENZI (1992), em sua obra de referência sobre as plantas arbóreas nativas do Brasil, aponta dois tipos de barbatimão: o barbatimão verdadeiro, Stryphnodendron adstringens, e o barbatimão-de-folha-miúda ou barbatimão falso, Dimorphandra mollis. Apesar de pertencerem a gêneros diferentes, ambas as espécies apresentam período de florescimento muito próximo.
 
    Estudos realizados com o gênero Dimorphandra apresentaram, segundo DOBEREINER et al. (1985), efeito nefrotóxico em gado. Os efeitos clínicos-patológicos de D. gardneriana foram muito similares aos causados por D. mollis. As vagens causaram a morte em dois indivíduos, que receberam 30g/Kg de peso corpóreo, enquanto 20 g/Kg de peso corpóreo provocavam somente efeitos brandos de envenenamento.
 
    ALVES et al. (1996), realizaram estudos do efeito de extrato aquoso da inflorescência de barbatimão (S. adstringens) na longevidade de abelhas africanizadas. Metade da população controle sobreviveu aproximadamente o dobro do tempo, quando comparado com os grupos testes.
 
    A cria ensacada é uma doença causada por vírus e afeta principalmente as larvas de abelhas. No Brasil, nas regiões de cerrados foi possível verificar sintomas semelhantes dessa doença nas larvas, no entanto, nenhum vírus ou outro patógeno pode ser detectado (MESSAGE et al., 1995).
    Por outro lado, estudos realizados por CARVALHO (1998) e CARVALHO et al. (1998), mostraram que essa doença ocorre na mesma época do florescimento do barbatimão (S. polyphyllum) e que, fornecendo pólen dessa planta na dieta de larvas de operárias em laboratório, os mesmos sintomas eram reproduzidos.
 
    Em função dos sintomas serem semelhantes e a doença não ser causada pelo vírus, MESSAGE (1997) passou a denominar essa doença no Brasil como Cria Ensacada Brasileira. Posteriormente, SANTOS e MESSAGE (1998) verificaram que alimentando larvas de abelhas em laboratório com ácido tânico, os sintomas da doença também podiam ser reproduzidos e, então sugeriram que os taninos normalmente encontrados em grande quantidade no barbatimão, seriam os causadores da Cria Ensacada Brasileira.
 
    CINTRA et al. (1998), realizaram bioensaios com inflorescências desidratadas do barbatimão verdadeiro (S. adstringens) e do falso-barbatimão (D. mollis) incorporadas em dieta alimentar. Os resultados das taxas de sobrevivência demonstraram que houve uma redução significativa nas abelhas tratadas quando comparadas com o controle. CINTRA (1998), utilizou as mesmas inflorescências em outro experimento, com a finalidade de verificar se as abelhas teriam a capacidade de selecionar o alimento oferecido, detectando a presença de substâncias tóxicas. Os resultados indicaram que as abelhas não foram capazes de identificar e evitar a dieta contendo as flores, embora tivessem outra opção alimentar.

Fonte de pesquisa: