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quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Meliponicultura e seus inimigos


 A partir do momento em que você monta um  Meliponario, além da rotina natural dedicada à ela, temos um outro fator que também deve ser levado em conta:  os inimigos naturais dos Meliponineos

Como todo animal, os meliponíneos também possuem seus inimigos naturais. Nas matas, o
equilíbrio ecológico encarrega-se de assegurar a convivência das abelhas com seus inimigos. No entanto, em um meliponário temos uma grande concentração de colônias e abelhas que não se observa na natureza. Isso atrai vários dos seus inimigos naturais satisfeitos por encontrar tão próximo tanto alimento em potencial. Os principais inimigos que o meliponicultor deve controlar são:

  forídeos
  formigas
  lagartixas ou calangos
  abelhas saqueadoras

Forideos:
Os forídeos são pequenos dipteros (moscas) que entram nas colmeias em busca dos potes de pólen para pôr seus ovos. As larvas desenvolvem-se rapidamente e ao tornarem-se adultas reinfestam as colônias. A medida que a infestação progride, os forídeos passam também a atacar as larvas mais jovens das abelhas, enfraquecendo continuamente a colônia. Famílias podem ser completamente exterminadas por forídeos. O controle é feito por acompanhamento constante dos enxames e uso de iscas de pólen em armadilhas para atrair e eliminar os adultos. Qualquer recipiente com um pequeno furo e pólen fresco dentro, de modo que o adulto entre e não possa mais sair funciona bem.

Formigas:
As formigas podem ser evitadas usando protetores com água ou óleo queimado nos suportes das colmeias. Também pode-se usar algodão embebido em óleo queimado ou graxa, mas em todos os casos é preciso um acompanhamento constante pois as formigas são muito organizadas e eficientes para superar obstáculos. Além disso, a água e o óleo queimado precisam ser repostos com frequência.

Lagartixas ou calangos:
As lagartixas ou calangos costumam aproximarem-se da entrada da colmeia e comer todas as operárias que tentam entrar de volta na colmeia. Podem enfraquecer sensivelmente a colônia, mas são facilmente controladas com o uso de funis de plástico feitos com a parte superior de garrafas plásticas de refrigerantes que impedem sua aproximação da entrada da colmeia.

Abelhas saqueadoras:
As abelhas saqueadoras, sejam elas parasitas como a Limão ou Iratim (Lestrimellita limao) ou oportunistas como a Irapuá ou Arapuá (Trigona Spinipes) ou a Sanharão (Trigona truculenta), podem constituir um sério problema nos meliponários. A primeira espécie é parasita obrigatória de outras abelhas e pode atacar a qualquer época do ano matando boa parte das abelhas e saqueando ( pilhando ) seu alimento e material de construção do ninho. As outras duas espécies ( Irapuá e Sanharão ), são oportunistas e atacam quando há escassez de alimento no campo, as colônias estão fracas ou o meliponicultor deixa as colmeias mal fechadas e/ou meladas com mel. Essas espécies citadas não são criadas em meliponários e a melhor maneira de controlá-las é eliminando as suas colônias que estão atacando o meliponário. Vale a pena ressaltar que nenhuma dessas espécies está ameaçada de extinção.


CURIOSIDADES

Todas as abelhas fêmeas adultas possuem ferrão. Mesmo as espécies denominadas popularmente de "abelhas sem ferrão", na verdade possuem ferrão, apenas este é atrofiado o que impede a abelha de ferroar. O ferrão das abelhas é na verdade um ovopositor (tubo para postura de ovos) modificado que perdeu sua função original e passou a ser utilizado pelas abelhas na sua própria defesa e do ninho.

Enquanto a grande maioria das espécies de meliponíneos transporta o pólen que coleta das flores em estruturas (corbículas) localizadas nas patas traseiras e próprias para essa função, as poucas espécies de meliponíneos parasitas não possuem corbícula e carregam o pólen que roubam de outras colônias no papo sob forma pastosa.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Meliponicultura: Pilhagem ( o que é )


Pilhagem:

A pilhagem nada mais é do que o simples ataque de outras abelhas ( saqueadoras ), as quais atacam para roubar alimento.

o furto ou pilhagem ocorre entre ninhos de abelhas principalmente quando uma delas está muito fraca e com pequena população. Entretanto, algumas poucas espécies de abelhas vivem exclusivamente do furto de outras espécies. É o caso da Lestrimelitta, também conhecida como abelha limão ou iratim. Esta espécie pode pilhar o mesmo ninho em ocasiões diferentes. O seu nome está associado com o odor de limão que libera por ocasião dos ataques ou quando permanece presa entre os dedos.




Curiosidade: 

Enquanto a grande maioria das espécies de meliponíneos transporta o pólen que coleta das flores em estruturas (corbículas) localizadas nas patas traseiras e próprias para essa função, as poucas espécies de meliponíneos parasitas não possuem corbícula e carregam o pólen que roubam de outras colônias no papo sob forma pastosa.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Forideos (Pseudohypocera kertesi). Eles atrapalham e muito!!!

    É isso mesmo pessoal.  Os forideos não são bem vindos e quando chegam, atrapalham e como dão dor de cabeça. Todo bom Meliponicultor que já teve essa desagradavel experiência que o diga. Temos que ficar atento à eles.

    A partir do momento em que você tem uma atividade voltada para a Meliponicultura, a preocupação com eles é inevitavel: descuidou, infectou.
    
    O forídeo é um díptero que se alimenta de material orgânico em decomposição (frutas, pincipalmente). A fase larval adaptou-se muito bem ao consumo de pólen e larvas de meliponíneos. O adulto quando entra na colônia de abelhas, põe seus ovos preferencialmente no pólen armazenado pelas abelhas ou em favos de crias destruídos pelo manejo inadequado. As larvas dos forídeos alimentam-se de pólen, larvas e pupas de abelhas, causando sérios danos à colônia. Caso o meliponicultor não cuide das colônias afetadas, eliminando o parasita, ela morrerá após alguns dias de infestação.

    Cada forídeo põe até 70 ovos, que em 3 dias desenvolvem-se em indivíduos adultos. Uma colônia infestada por forídeos é fonte de infestação no meliponário. Desta forma, esta colônia deve ser tratada ou eliminada o mais rápido possível.

    Um dos fatores que pode facilitam o ataque dos forideos após uma divisão  é a falta de potes de polém vazios  para que as campeiras possam depositar o que elas coletaram na natureza.  Quando as campeiras retornam do campo com o polém e não encontram os potes prontos, elas  ficam rodando dentro da colmeia e não encontrando os potes prontos, simplesmente descartam o polem no fundo da caixa, e como ele não foi estocado de forma correta, começa a azedar, criando um ambiente propicio para os forideos, pois o cheiro de azedo atraem eles.  Portanto é sempre bom ter potes prontos e vazios ou semi vazios para evitar esse cenário.

    Outro fator importante é a limpeza do meliponario, manter sempre limpo o local onde ficam as colmeias, eliminando restos de frutas que possam estar por perto, pois todos sabemos que os forideos adoram coisas putrefadas ( podres ).

É isso aí:  se o forideo aparecer.... PAU NELE !!!